Em alguma manhã eu devia estar destroçado e solitário
Como em todas as outras manhãs, tardes e noites
Vigiado pelo meu silêncio fúnebre de sempre
Mas, com um tiro cravado no peito, ou até mesmo na cabeça.
Hemorragicamente sangrando por dentro e por fora
Regado pela auto-destrução alucinógena
Rezando em tom baixo aos meus deuses
Que foram meus únicos companheiros fiéis de guerra.
Onde posso encontrar você, ó vossa Salvação?
Onde está sua mão doce e macia para fazer carinho no meu rosto?
Cadê suas doces palavras sorrindo e olhando em meus olhos de jeito acanhado?
Cadê aquela alma pura que jurei conhecer?
Cadê todos aqueles juramentos? Aonde estão em uma segunda-feira de blues?
Preciso me encontrar, preciso me salvar! Esquecido, abstido e abandonado, ou não.
Preciso dar um grito, pois essa liberdade aprisiona como um sanatório absorto.
Torturante, condenado a um precipício de maldição... Réu culpado ou não...
Marcelo Sendon
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