Da mesma forma, a comunicação por esse meio vem tornando-se cada vez mais freqüente em nosso dia-a-dia. Mensageiros, sites de relacionamento, bate papos, empresas... Um grande marketing muito bem investido que literalmente viciou praticamente o mundo todo, principalmente aos nascidos nesse século.
Se pensarmos em 10 anos atrás, veríamos que não tínhamos metade da facilidade que temos hoje. Acessar a internet era algo caro, demorado e misterioso. Hoje, uma criancinha de 7 anos de idade sabe fazer muito mais coisas que possivelmente um adulto de 50 faria em frente a algumas teclas e uma “tvzinha”. Mas se tempo é sinônimo de conhecimento, como então podemos justificar o fato de num ponto tão simples e amplo ele saber astronomicamente menos que uma criança? É simples... Mundos diferentes, épocas diferentes, enfoques diferentes e interesses diferentes. O que para o adulto levaria dias para acontecer, a criança faz em menos de sessenta minutos. Mágico, não?
Vivemos em um mundo onde as coisas acontecem rápido demais... E cada vez mais rápido. Instantes, minutos, milésimos de segundos e lá estão novas informações, novas imagens, novas fontes de pesquisas, novas descobertas... Em geral um novo mundo a cada segundo que se passa...
A nova moda que vem acontecendo de uns tempos pra cá é o tal relacionamento virtual; seja um coleguismo por pontos em comum, uma amizade, uma paquera, um namorico ou até mesmo um casamento. Sim, CASAMENTO, com todas as letras maiúsculas. Existem pessoas que iniciaram seus laços matrimoniais atrás da tela de um computador.
Devemos levar em consideração também que a cada mundo novo (ou cada segundo) são criados aparelhos mais perfeitos e os nossos começam a tornar-se arcaicos. E isso barateira muito o custo de quaisquer deles. Sendo assim, obviamente, o acesso fica bem mais fácil; seja para montar uma das famosas lan houses, ter uma máquina em casa ou acessar de algum “coffe shop” ou “Boulevard” (E ainda contamos com a internet sem fio, atualmente).
Só que ainda existem pessoas que preferem ignorar toda essa tecnologia e não trocam a velha carta, telegrama ou encontros pessoais por nada. E, se por um lado temos jovens a milhões de milhas de velocidade, hormônios a flor da pele e laços nem tão complexos, por outro temos senhores e senhoras com a lentidão da vida, hormônios estabilizados e o principal, fortes laços.
Consigo ver amigos de 20 ou 30 anos atrás que ainda encontram-se e se dão muito bem. Por outro lado, mal consigo ver hoje em dia amizades de mais de alguns simples três anos... É triste...
Mas toda essa tecnologia vem passando por reforma. O que antes era apenas uma brincadeira e, quem sabe algumas pesquisas rápidas, hoje se tornou um estilo de vida, uma ferramenta para conhecer o mundo, uma ferramenta de negócios e outras milhões de funções que vocês nem imaginam e, estilo/ferramenta que vem se aprimorando cada vez mais. Hoje, pessoas conseguem acreditar em sentimentos à distância; conseguem desabafar seus problemas e pensamentos com um amigo virtual ou em um blog, conseguem publicar trabalhos que antes seriam impossíveis de chegar ao público, como músicas, vídeos, textos, poesias, livros... É fato que um pouco do sentimento em si, se perde ou talvez seja escondido por trás de uma tela (sim, com certeza não diríamos muita coisa na realidade que dizemos na internet).
Mas poderíamos parar e refletir um pouco sobre até onde pode chegar essa vontade do mundo virtual tornar-se real.
Penso que a alguns muitos anos, Einstein, Lavoisier e outros muitos eram considerados loucos. Mas hoje, são gênios e, provavelmente não teríamos muita coisa sem eles.
Galileu quando propôs que a Terra era redonda, quase foi queimado pela Igreja. Newton por sua vez, quando inventou a luz com um choque em sua própria língua deve ter sido chamado de louco, asqueroso e, provavelmente para muitos sua “inversão inútil” não serviria de nada. Porém hoje, sabemos que sem a luz elétrica, seria muito difícil fazer muitas das coisas que fazemos comumente como escrever a noite, assistir televisão, ler em ambientes naturalmente escuros e outras diversas coisas. Mas há quem prefira o escuro: Mas para namorar, por exemplo...
Provavelmente é o mesmo que estamos passando e ainda vamos passar. Tudo que é novo atrai os mais novos e afasta os mais velhos. Mas no final tudo fica consagrado. Foi assim com os Beatles, com o rei Elvis Pesley e até mesmo com o “perninha torta” do Garrincha.
Com toda essa tecnologia, chegamos à conclusão que tudo deve ser dosado. Tudo deve ter um equilíbrio. O corpo humano é o sistema mais bem equilibrado que conhecemos e, por que nossa vida não deveria ser assim?
Para um lado que não quer se reciclar, que, por favor, tentem conhecer esse novo mundo, afinal, quem vive de passado é museu. E para o lado informatizado, que reflitam sobre princípios e a grande versatilidade que temos na carta escrita, nas palavras e no olho no olho.
Afinal, quem é que gosta de ler no escuro? E o pior... Quem trocaria luzes baixas de um ambiente romântico para namorar no claro?
Marcelo Sendon
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