
Mamãe, foi um acidente!
Eu não atirei na cabeça daquele homem porque quis.
Ele foi instigado a tentar me matar, me destruir.
E, de alguma forma eu tinha que evitar tudo aquilo.
O significado de tudo aquilo ainda é nostálgico
E as lembranças sonoras ainda rodam meus ouvidos
Mas nada podia eu fazer
Diante da decisão que ele tomou
De dar o primeiro tiro em mim.
Olhei-o e vi a mim mesmo de maneira modificada
Em um espelho abandonado so porão
Onde tive noites de felicidade
Mas eu acho que jamais saberão.
Foge, foge! Nao vale a pena!
A desistência, a mentira, a falta, a dúvida!
Tudo fez com que ele se transformasse naquele monstro
E tentasse me matar.
Eu só não prolonguei nada.
Atirei em mim mesmo.
Aquele homem era eu.
Autodestrutivamente perigoso.
Marcelo Sendon
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