Para refletir...

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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Acontece que...




Eu nunca fui o cara certo. Se dormi na sua cama, desculpe! Se você dormiu na minha, foi apenas mais uma, assim como eu tenho certeza que só fui mais um.
A grande proeminência é que sinto o gosto de tudo ainda. A saliva que é produzida na minha boca ainda parece ter seus ferormônios, seu sabor atípico.
Abra seus olhos e realize-se! Nós não somos um. Nós somos nós mesmos e nada mais.
A invalidez do prazer começa a ficar muito comum e a rotina a tomar conta do meu eu. Momentos carnais excessivos substimaram a necessidade de carinho e um pouco de afeto. Assim como a dengosidade de um sorriso se perdeu em olhos virados por dois minutos.
E algumas vezes é tão triste ver que o castelo que você construiu, estava na areia. As sementes que plantou, esqueceu de regar e, a água que provou, estava envenenada com seu próprio mal.
Toda honra de um homem cai quando ele não se orgulha dos seus próprios feitos e das tatuagens de suas conquistas. E, quando de engraçado, começa a ficar trágico, basta abaixar a cabeça e tentar mudar. Mas como?
É, triste com o meu passado sozinho. Triste com o meu presente sozinho. Esprando por um mergulho em busca de ar que nunca chega.
Lá fora cai uma tremenda tempestade e, o que mais pode-se dizer?
Imperdoável!

Marcelo Sendon

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